Magia
Alberto
Cohen
Aquela noite de
estrelas brilhando para encantar
o amor que ainda existia, dois versos em
sintonia
no fundo de nosso olhar,
tinha um jeito de magia, a mais bela
sinfonia
que anjos pudessem cantar.
Teus cabelos onde a lua brincava de se
esconder
de sereno recendiam, em minhas mãos acendiam
mil formas de te
aquecer.
E tua pele macia, como numa profecia,
jurava não me
esquecer.
Mas o tempo irresponsável, na pressa de caminhar
arrastou o bem
que havia, envileceu dia a dia
o brilho de nosso olhar.
E o desamor
carecia tanto daquela poesia
que uma noite fez luar...